terça-feira, 12 de abril de 2011


 
A PELE DELE

Gostava de olhar
você se esconder
e aparecer pra mim
como se fosse me assustar
E quando a noite caía
e eu não sentia seu cheiro
sabia que não viria
esperava os gritos
de todas as vozes avulsas
esperava você voltar
e surgir da escuridão
aparecendo pra mim
voltando ao seu lugar
sua pele agora estava manchada
o cheiro do sangue me disperta
e leva aos seus braços
sua pele quente
agora vermelha
em envolve
me aquece
me fazendo ficar vermelha também...

DIA ESCURO



DIA ESCURO

Frio na pele
arrepio nos olhos
Seu aviso escuro
escureceu meu desejo
Eu quis ir embora
Mas você não viu
O que estava desenhado no chão
que você pisa
E amanheceu...
Não quis ouvir o que
os sons da noite ecoavam
Sua pele arranhada em minha boca
colorindo minha palidez
e agora é dia...
amanheceu meu desalento
o desenho continua lá
no chão que você pisa...