Anita perdera seu ponto G.
O X da questão era recordar onde. Na noite anterior nada de normal. Um orgasmo solitário antes das ovelhinhas e ele ainda estava lá. Acordara e, já não mais deGenerada, sentiu-se abneGada. Alguém violara seu safo alfabeto.
A reconstituição dos passos entre o dormir e o acordar podiam ser a chave para o mistério. O vizinho com certeza era um potencial culpado. Ou o fura-bolo, mata-piolho, quiçá mindinho ou dedão. Todos participaram da orgia suspeita. Sem preservativo. Para o caso em questão apenas uma luva poderia sanar as necessidades de proteção. E esta não estava presente.
Traída pelos dedos. Meus dedinhos. Uma conspiração provavelmente. Articulada por quem? A manicure invejosa? A própria Eliana em um plano de domínio mundi-sexual? As dúvidas vinham em turbilhões.
Nos dedos ainda podia sentir o cheiro do crime. Era canhota. Mas a direita também exalava o cheiro de sua vulva original. Perfume do mercado livre. Apesar de proprietária do cheiro, aquela mão nunca esteve em sua intimidade. Então como? Ao menos o suave deleite de ter a mão preferida inocentada.
Anita perdera seu ponto G e nunca mais confiou em sua mão direita.