segunda-feira, 11 de maio de 2009

Ponto G


Anita perdera seu ponto G.

O X da questão era recordar onde. Na noite anterior nada de normal. Um orgasmo solitário antes das ovelhinhas e ele ainda estava lá. Acordara e, já não mais deGenerada, sentiu-se abneGada. Alguém violara seu safo alfabeto.

A reconstituição dos passos entre o dormir e o acordar podiam ser a chave para o mistério. O vizinho com certeza era um potencial culpado. Ou o fura-bolo, mata-piolho, quiçá mindinho ou dedão. Todos participaram da orgia suspeita. Sem preservativo. Para o caso em questão apenas uma luva poderia sanar as necessidades de proteção. E esta não estava presente.

Traída pelos dedos. Meus dedinhos. Uma conspiração provavelmente. Articulada por quem? A manicure invejosa? A própria Eliana em um plano de domínio mundi-sexual? As dúvidas vinham em turbilhões.

Nos dedos ainda podia sentir o cheiro do crime. Era canhota. Mas a direita também exalava o cheiro de sua vulva original. Perfume do mercado livre. Apesar de proprietária do cheiro, aquela mão nunca esteve em sua intimidade. Então como? Ao menos o suave deleite de ter a mão preferida inocentada.

Anita perdera seu ponto G e nunca mais confiou em sua mão direita.

2 comentários:

  1. Num sei se diria caricato, mas o texto, está maravilhoso, confesso, ri à bessa, não sei se por não entender o sentido do autor ou por está com a cabeça nas nuvens ao ler o texto.
    Parabéns para quem o fez!

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